sexta-feira, 2 de abril de 2010

CIBERMUNDO: UM NOVO MODELO PARA A CRIAÇÃO E APRENDIZAGEM




Muitas coisas me chamam atenção em relação à internet. Muitas mesmo. Tenho 35 anos e por ter me criado dentro de alguns preceitos, tenho muita dificuldade de entender coisas desse mundo novo. Admirável - mesmo - mundo novo.


Eu ainda não tinha me convencido de como era capaz a voz de um cantor ficar dentro de uma bandeja preta que ao rodar fazia com que ele cantasse como se estivesse do meu lado, ou em uma fita marrom brilhante que vai e volta, vai e volta e faz você ouvir as mais lindas canções. Ainda não tinha me conformado que a novela não é um mundo paralelo que a gente assiste e que - segundo minha teoria de criança - sendo assim, alguém assistia a gente em algum outro canal. Eu passei boa parte da minha infância certa de que alguém estava me assistindo. Eu ainda olhava para os fios de telefone me perguntando como as palavras não trocavam de destino quando trafegavam de um lugar para o outro. Eu ainda estava assim cheia de perguntas sem respostas quando me aparece a internet.


Aí, as dúvidas se tornaram infinitamente maiores e eu desisti de entender, pelo menos por agora. Eu vou me aponsentar um dia aí eu me dedico a isso. O bom, é que mesmo sem entender como essa parte tecnológica funciona, dá pra ir usando e buscando entender da parte que nos cabe saber para realizar o que nos interessa.


Daí que eu acho iscaipe tudo de bom. Filme de ficção cinetífica, quando a gente shonhava com os videofones. Delícia. E tudo mais. Amo orkut, resisto ao feicebuque porque sempre achei que era orkut de rico (a distinção e a pretensão de Bourdieu), mas respeito... Gosto do youtube, baixo filmes, músicas, vejo notícias. AMO blog e wikipédia.


Mas por que todo este blablabla? Porque sou mãe, professora e artista. E como tal vejo na internet um poder absurdo de criação e de aprendizado. Meus filhos dão show, (sabe o que é show?) dão show no computador.

João, antes de se alfabetizar pegava os devedês dos desenhos que ele gostava e copiava o título na barra de pesquisa e como já sabia digitar o nome jogo, pronto: jogava o jogo que queria.

Ele desenvolveu gosto pela alfabetização porque queria mais autonomia no computador, já que ele pedia muito a nossa ajuda e isso limitava sua navegação. Hoje, ele está muito bem alfabetizado - tem uma letra linda, viu pedagogos de plantão! - adora ler livros e revistas em quadrinhos, além de criar suas próprias histórias, por influência do pai cartunista anônimo.

Hannah também gosta da net, claro. E o que vem a seguir é uma produção que só é possível em tempos de cybercultura, não apenas numa perspectiva técnica, mas sobretudo numa perspectiva ideológica, conceitual, comportamental.

Qualquer um faz o que quer, o que pode e o que sabe e, então, disponibiliza seu produto na rede. Não tem mais a necessidade de uma tv e de meios e pessoas que aprovem ou julguem o que é bom e o que não é para ser publicado. Agora publica-se de um tudo, E vc escolhe o que quer ver. Agora vc é o curador. Vc procura, vc deleta, vc acha, vc baixa, vc divulga. É só um começo, mas é um belo começo. Milton Santos acredita que a tecnologia vai nos permitir muitos avanços sociais, mas isso só vei depender de nosso desejo de contruirmos um novo mundo que tenha como eixo o ser humano. Bom, mas esta já é outra conversa.

Agora, vamos ao produto de minha galera.

Hannah (filhota) Cathy (sobrinhota) Alex Moreire (cunhado) e Ayla (sobrinhota) fizeram este vídeo. Cathy e Hannah têm verdadeira paixão pelo novelão Alma Gêmea e ficavam fazendo as cenas em casa. Já nem me lembro quem teve a primeira idéia de fazer um vídeo. Sei que Cathy fez uma senhora pesquisa na net e construiu com Hannah o roteiro. Ensaiaram muito. Numa viagem a Alagoinhas, produziram o vídeo, com direção de Alex, tio da galera.

A experiência é enriquecedora, e ainda que represente apenas uma brincadeira feita por crianças e gente grande, é uma das formas de se apoderar do modo de fazer. Esse apoderamento é uma grande revolução e podemos, partindo de pequenas experiências, produzir grandes mudanças.

Eu acredito num mundo melhor. Eu acredito num futuro bom. Eu gosto de cybercultura.

Vamos nos divertir.

PS. O áudio é ruim, porque o equipamento era mais caseiro que meu cuzcuz com ovo. Mas, nada impede o avanço da tecnologia. Se não tem tu vai tu mesmo.








4 comentários:

  1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, muito bom isso....imagina quando ficarem adultos vão dominar o polo mundial de teledramaturgia ou de webdramaturgia...bravo!

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  2. tem uma coisa cruel-tentadora aí, né não...

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  3. Não entendi uma palavra, mas a-do-rei... o impulso criativo d@s menin@s, a idéia, a veia dramática (deve ser genético, né?), a produção, o cast... Uhu, Hanna! Bravo!!!

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  4. TRAZ IURI PRA GENTE FAZER UM COM JOÃO. É BOM DEMAIS!

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