Já postei aqui sobre a falta de respeito em relação ao trabalho do Arte-Educador (A LEI PELÉ E A LEI PÉ NA BUNDA), mas sou obrigada a voltar a este assunto por uma questão muito prática.
Eu e centenas de trabalhadores fomos ROUBADOS pelo Liceu de Artes e Ofícios da Bahia, que depois de falcatruas, roubos, desvios, sonegaçaõ de impostos, fechou as portas, colocou centenas de jovens na rua, deixou seus funcionários sem o pagamento de pelo menos três meses de salários, benefícios.
ROUBOU o dinheiro de nossa previdência, descontando e não repassando INSS, FGTS e tudo o mais que está na CLT . Descontava parcelas de empréstimos feitos pelos funcionários com o BRADESCO e não pagava a dívida, levando muitos funcionários ao SPC - SERASA, descontava o plano de saúde e não pagava, fazendo com que passássemos vergonha nas clínicas e hospitais, além do problema real de não sermos atendidos ou termos que cancelar exames já marcados. Cansou? Pois eles não cansaram.
Depois de uma lindíssima reforma que ampliou o Paço do Saldanha, com a gente à beira da miséria, o prédio vai ser emprestado para a SECRETARIA DE CULTURA e depois vai virar sede da FUNCEB. Não é muito guti-guti? Uma empresa que deve até a última banda de conto vai emprestar para o estado - tadinho tão pobrinho - um prédio que vale milhões. E ainda diz que a contra-partida é manter o prédio com atividades culturais. Desculpe, Secretário, mas na minha época isso era obrigação, não contra-partida. Contra-partida, ou melhor, respeito, é vcs sentarem e discutirem o pagamento INTEGRAL de tudo o que ganhamos na justiça.
E as causas trabalhistas? Eu ganhei, um monte de gente ganhou. Foram causas individuais e uma super-causa coletiva. GANHAMOS! ALÔOU! A justiça disse que esse dinheiro é nosso!
E agora eles emprestam - de graça, me permitam o pleonasmo - uma coisa que é nossa! E o Estado aceita?
Senhor Márcio Meirelles, esse assunto não lhe deve ser uma supresa. Acho que é obrigação MORAL de sua Secretaria sentar com os trabalhadores que esperam pelo dinheiro que lhes é devido e que isso não fique essa sopa rala que nenhum de nós vai engolir! Fazer negócio com uma instituição que fez o que fez com seus funcionários e jovens atendidos é ser cúmplice desse comportamento, ou no mínimo estar omisso a uma causa que é social, afinal de contas o Liceu sempre foi do povo, dos ex-escravos e de todos os seus descendentes. Cuidado, Secretário, que com porcos anda, farelo come!
Se tem algum advogado - juiz de preferência - lendo este post, junte-se a nós. Jornalistas, artistas, arte-educadores, enfim, qualquer ser-humano que puder nos ajudar a fazer barulho será muito bem vindo. Fazendo barulho, faremos justiça!
É bolada, trabalhador!
da-lhe Dri, eu nem falo nada porque senti o cheiro antes
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