sábado, 29 de maio de 2010

"EU NÃO ESTOU ENTENDENDO TUDO"... Wilson Melo

Agora, é capaz de ele estar...


Foi ainda esta semana numa das nossas aulas que Maria de Souza nos disse esta frase que, segundo ela, é de autoria de Wilson Melo. Esta frase ficou na minha cabeça e fica ainda, por motivos que só a própria frase explica.

Vai um grande artista. Um grande jogador. Vai ver a copa de lá de cima. De camarote.

Obrigada pelos ensinamentos, grande Melo.




“Meu nome é boemia"

Renata Maia


É assim que o veterano ator Wilson Melo responde quando perguntado sobre seu nome completo. Aos 70 anos de idade e 56 de carreira, ele tem uma vitalidade invejável. “Meu sonho é poder atuar até quando meu organismo agüentar”. São mais de cem peças, aproximadamente 20 filmes, quatro prêmios como melhor ator (entre eles o Prêmio Copene), além de algumas aparições na TV.
Quem conhece o ator por suas grandes performances no teatro baiano, nem imagina que Melo já foi representante de laboratório e gerente de uma loja de máquinas pesadas. “Apesar de não gostar da área comercial, fiz isso por um longo período, porque o mercado de artes cênicas baiano não paga bem e eu precisava alimentar minha família”, comenta. Mas durante o período que estava no mercado formal de trabalho, não deixou de atuar. Trabalhava pela manhã, dormia a tarde e ensaiava as peças teatrais à noite.
Um dos seus papéis marcantes foi Quincas Berro D’Água. Representou esse personagem em três décadas diferentes e, em todas elas, o papel teve destaque na dramaturgia brasileira. Em uma das apresentações, quando a peça foi escolhida para representar o Brasil no Festival de Teatro de Caracas (Venezuela), ele contou com a ajuda do governador do estado para ser dispensado do trabalho, mas, quando voltou da temporada, foi demitido. A última apresentação dele como Quincas foi em 96, na inauguração da Sala do Coro do Teatro Castro Alves.

(Veja o restante no site:
http://www.pilula.com.br/fib/sobretudo/perfiled3renata.htm )

domingo, 23 de maio de 2010

Ficando velhos, ficando sérios...

Às vezes me assusto como ocupo alguns lugares, como sou tratada de forma diferente da que estava habituada até agora. Quando me chamam de "professora" "a senhora", ou quando me vejo estudando para um concurso público federal, eu me espanto e só uma resposta me bate à porta: ESTOU ENVELHECENDO!

Isso é bom. Às vezes dói, mas no fundo é bom! É bom porque a gente vai virando outra pessoa. Já não dou escândalos por qualquer coisa e já consigo ficar numa mesa de bar sem precisar falar o tempo todo. Descobri - finalmente - depois dos trinta que ouvir também é bom.

Percebo que quando digo alguma coisa as pessoas levam mais a sério e o que antes era pura provocação de menina, pode ser agora uma reflexão importante de uma mulher madura.

Mas, como disse o tio de Peter Parker (o homem aranha): "grandes poderes, grandes responsabillidades."

Sinto que o tempo está passando e que essa idade depois dos trinta te dá um lugar do qual a gente tem a obrigação de usar para aquilo que a gente acredita. Senão, não faz muito sentido conquistar lugares e direitos se eles servirem apenas para auto-admiração. É hora de fazer algo!

Assim, como atriz, professora, blogueira, pesquisadora, mãe, consultora (não da AVON, isso foi aos treze anos!) é preciso estar sempre em serviço. Porque temos admiradores e pessoas que lêem e traduzem até mesmo uma singela piscadela que a gente dá. É preciso fortalecer aqueles que esperam da gente uma palavra de coragem, um estímulo, um empurrãozinho ou mesmo um empurrãozão. Às vezes, a gente se repete, mas o outro muda e ele é importante, porque no fundo, no fundo, ele sou eu.

Isso tudo pra dizer que meu grande amigo de vinte anos está fazendo sua tarefinha de casa, de menino que foi preparado para intervir, para fazer valer, para transformar. Descobrimos juntos que o mundo é feito de pessoas, pelas pessoas, para as pessoas. Derrubamos o mito dos mitos, dos heróis irreais e sabemos que todos somos capazes de nos transformamos naquele que outrora foi nosso grande referencial, nosso mestre, nosso guia. Aquele que fez de sua vida, uma luta pelo bem estar de todos. Mas descobrimos também que a luta é braba, o inimigo real e feroz e que é preciso conhecer bem suas armas, nossas armas, seus discursos, práticas e princípcios, para que possamos sempre diferenciar e fortalecer nossa batalha.

Tá uma fala meio elo perdido, né, mas é justamente disso que eu tô falando. De ter certeza de que o que se faz e o que se diz é de importância fundamental. Uma das estratégias recorrentes é dizer que não há luta, que não há lados, que isso é um discurso perdido lá no fim dos anos 70. Mas não é. Muitos direitos humanos são desrespeitados diariamente e é preciso - e possível - lutar por eles, garantir que sejam garantidos, me perdoem o jogo de linguagem.

Este menino grande já fez de um tudo. Até na tv o danado apareceu. E ficou famoso. Já briguei com ele, porque eu disse que a artista da relação era eu e o famoso foi ele, mas já resolvemos este impasse, com muita cerveja, gargalhadas, lembranças do passado e projetos de futuro.

Agora o tal é candidato a deputado federal. Pelo Rio de Janeiro. Pelo PSol. Não vou poder votar nele, mas isso não quer dizer que estarei de fora de mais esta empreitada.

É muito bom ver um amigo, uma parte de mim que está fazendo aquilo que eu gostaria de estar e que de alguma maneira estou. Nossos amigos são esse "nós" espichado onde não dá pra estar todo o tempo. E fazemos de grupos de amigo um eu bem grande que trabalha forte para construir aquele futuro que a gente sonhou longos anos atrás.

Sei que os sonhos de menino estão com ele. Quando tenho questões importantes para decidir penso: o que a Adriana da Fundação José Carvalho faria? Aquela Adriana sou eu. E sempre será eu, porque era feita de sonhos. Sem certezas. Sem rancores. Com história breve e futuro promissor. Sem saber quase nada, queria engolir o mundo. E esta sempre será minha eu preferida. Gosto da eu hoje, mas sei que ela está cansada, um pouco viciada, apegada a algumas certezinhas, com medinho de tantas dúvidas. Aflita por não saber quem é, como se fosse possível sabê-lo um dia. A Adriana da Fundação não sabia, mas não sabia que não sabia, porque isso nem se quer havia se perguntado.

Vai, menino deputado. Vence esse trem dessa eleição e luta num lugar porreta por isso que estamos lutando toda hora, no dia-a-dia. Eu e você. Todos nós amigos e desconhecidos. Vence porque a diversidade me parece ameaçada e alguns discursos e práticas me assustam. Vence porque às vezes precisamos dessa figura forte e totêmica para acordar os que cochilam. Vence porque a gente merece sua lucidez, sua inteligência, sua vanguardisse, sua bondade e sua meninice. Vence! E faça la differánce (SIC, em homenagem a Rodrigo Dourado!)!

Leia entevista sobre sua candidatura:

domingo, 16 de maio de 2010

VAI COMEÇAR O MAIOR RITUAL DO MUNDO MODERNO


Falta menos de um mês para o início do maior espetáculo da Terra.

A Copa do Mundo é o grande encontro da humanidade. Durante aproximadamente um mês o mundo se reúne em torno da bola e realiza o grande embate simbólico entre nações.

É o primeiro mundial no continente africano e deverá ser uma linda festa.

Alguns posts se seguirão sobre o assunto, porque a partir de agora é Copa do Mundo e São João. Depois, de alma lavada: eleições!!!

terça-feira, 11 de maio de 2010

SIM, NÓS TEMOS TEATRO!!!

Como meus amigos de teatro estão me ameaçando de abandono por causa de um site que se diz de teatro e futebol mas só fala mesmo é do esporte, vou tentar, neste post, me redimir.

E vou fazê-lo com muito prazer num momento em que considero o mais adequado.

Estamos em plena fase de campanha eleitoral na Cooperativa Baiana de Teatro. Você sabe o que é a Cooperativa Baiana de Teatro? Não? Ah, então é capaz de você não saber um monte de outras coisas sobre o teatro baiano.

A Cooperaiva Baiana de Teatro nasceu em 2 de julho de 2004, quando alguns grupos organizaram-se para - unidos - tentarem resolver problemas que tornavam o fazer teatral quase impossível (difícil ele ainda é). Assim, grupos como Rebanho de Atores (o meu), Via Palco, Criaturas Cênicas, Cia Brasil, Cia de Teatro Popular. Ziringuidum Borogodó, Território Sirius, entre outros, reuniram-se por iniciativa de João Lima e outros artistas e fundaram, depois de dezenas de encontros, esta cooperativa.

De lá pra cá foram 06 anos de trabalho, 02 Festivais Nacionais de Teatro, 03 Mostras dos trabalhos dos grupos Cooperados, chamadas de Lá Vem a Cooperativa, Umas boas dezenas de peças em cartaz, entre estréias, "reprises", temporadas, festivais nacionais e internacionais, eventos de comemoração do dia do teatro, palestras, oficinas, mesas redondas, publicação de jornais, só para lembrar de alguns. Tivemos até agora dois presidentes, João Lima (duas gestões) e Karina de Faria que entregará o cargo em julho, muito provavelmente para Deusi Magalhães. mas, nem só de presidentes vive uma cooperativa. Diretores, coordenaores de áreas diversas, profssionais que além do teatro, fazem de um tudo dentro dessa nossa querida cooperativa. A gente toca o sino e reza a missa. Frita o peixe e olha o gato.

Temos parcerias importantes com o Banco do Brasil, através de um projeto chamado DRS - Desenvolvimento Regional Sustentável, onde somos os pioneiros na área de teatro e estamos abrindo caminho para outros negócios com teatro. Outro parceiro importante é o SEBRAE, onde também somos pioneiros num processo de formação de modelo para gestão e geração de renda na área da cultura, junto com um grupo de música e com um de cultura popular. Temos agora nossa sede própria, conseguida através da parceria com a Secretaria de Cultura. É lá no Pelourinho e em breve todo mundo vai pra lá celebrar com a gente o teatro baiano que ainda há e sempre haverá! Quando isso já foi feito antes em Salvador, na Bahia ou mesmo no Brasil?

Muitos cooperados, além de estarem nos palcos da cidade - ainda que alguns insistam em não ver - estão em diferentes espaços onde não apenas se faz teatro, como também se discute o tema. Inúmeros são os cooperados que estão nos programas de pós-graduação, sobretudo de Artes Cênicas, tanto em nível de doutorado como mestrado. E, inevitavelmente, suas pesquisas relacionam-se com sua prática e mesmo com o sentido da cooperativa.

Só para dar dois exemplos, o projeto de Karina de Faria trata da sustentabilidade dentro do fazer teatral, numa época em que disseram também que não havia teatro na Bahia (oh, mania!!!). O meu, como vcs já sabem, trata do estudo do público e sua adesão ao espetáculo teatral (no meu caso em comparação com o caudaloso público de futebol). No mestrado os projetos de cooperados sobre processos criativos ou análise de espetáculos também são numerosos. Mas, voltemos ao ponto central do post.

Falar que temos uma cooperativa baiana de teatro, significa dizer que temos outras formas de fazer as coisas, que não aquelas oficializadas. Isso também se diz do teatro, feito nos palcos - todos eles. Diz-se a boca pequena (ou melhor, a boca bem grande) que Salvador não tem mais teatro. São as belas adormecidas que cochilaram no final da década de 90 e ainda não acordaram. Quando acordam, dão uma olhadinha no cenário, não se agradam e dormem de novo. O problema maior de seu sono - com sonhos e pesadelos - é que eles roncam muito. E esse ronco tá começando a encher o saco.
Yes, nós temos teatro. E dos bons. Não temos teatro europeu, porque se não estou enganada não estamos na Europa e não temos apenas uma matriz cultural (Ah, Darcy Ribeiro, me ajuda!!!) Talvez não seja o que você queria estar vendo. Ou mesmo o que você gostaria de estar fazendo. Talvez esteja nas mãos de pessoas que VOCÊ não considera as melhores, nem as ideais, mas daí a dizer que não há teatro na Bahia, já é até cafona, para não dizer maldoso.

Definir TEATRO como aquilo que você entende por TEATRO é a coisa mais descabida e fora do tom que se pode fazer num momento como o que estamos vivendo. Em todos os sentidos. Todos os estudos culturais, filosóficos, literários, artísticos, sociais e tudo o mais apontam para a compreensão de que os modelos, a padronização e a construção de cânones já era!!! Não reconhecer a força do que estamos fazendo é perder o bonde da história.
Então, ao invés de desconsiderar o trabalho de uma geração inteira que está lutando por um teatro que seja total, posto que aberto a todos os modelos possíveis - inclusive o teatrão dos grandes medalhões: vá às ruas. Vá às escolas. Vá às associações de bairro. Vá ao subúrbio, à cidade baixa, à região metropolitana. Pode não ser, pra você o melhor teatro do mundo: quem sabe lá qual é este tal teatro? Mas é um bocado de gente de verdade, gente do bem, gente batalhadora que levanta muito cedo pra por um outro bocado de gente em contato com o sonho, com o impossível, com o lado da vida que a gente mais quer.

Precisamos avançar? Sim, precisamos. Precisamos discutir as políticas públicas, as formas de distribuição de renda para a cultura e para ARTE, já que não são sinônimos? Sim. Mas discutir estas questões partindo do rancor e do desmerecimento de toda uma geração não poderá nunca dar bons frutos, já que vira briga de uns poucos com um só (quem tiver ouvidos que ouça).

Agora, vou puxar a orelha de quem faz também: Além de fazer, a gente precisa comunicar. A gente precisa estar articulado (e esta é uma das motivações da cooperativa), a gente precisa falar, se colocar. Por que a gente só fala quando é para falar mal? Por que a gente só se une pra descer o cacete em alguém, pra defender, nunca? Quem foi beneficiado com o inúmeros editais "para pequenos" (como foi acusado) tem mais é que se unir para dizer a importância que foi este "dinheirinho" na trajetória de seu grupo ou de se sua vida profissional. Tem que dar testa aos que choraram com a redução dos editais "para grandes" e que ficam ignorando solenemente o teatro que a gente faz.

Jamais vou esquecer uma bobagem sem precedentes que o ator Cacá Carvalho falou quando esteve aqui, logo no início da gestão de Márcio Meirelles. Ele tocou em dois pontos que para mim foram suficientes para ter muitas ressalvas a seu trabalho (porque arte e idologia para mim andam juntas). No final da peça O Homem com a Flor na Boca, no SESC-SENAC Pelourinho, ele disse que "soube" e lamentava muito que Salvador estava sem atividade teatral e que (agora vem a pedrada) o baiano só se importava mesmo com o BA-VI. (silêncio constragendor...)

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Sem comentários para Cacá Carvalho e sua caca do tamanho de uma jamanta.

É fazendo e só fazendo que a gente chega no teatro que a gente quer. E quando a gente chegar no teatro que a gente quer, vi ser bom demais descobrir que tem teatro ainda melhor que a gente se quer sonhou querer. E esse processo não vai acabar nunca. E aí, um dia, a gente vai morrer, porque como diria o sábio Chicó "tudo o que é vivo morre". Mas não vai ter o menor problema, porque morre o homem (e a mulher) e fica a humanidade.

É bolada, fazedor de teatro!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

URGENTE: FEIRA DE LIVROS NA UFBA - preços irresistíveis


Gente, eu tenho a obrigação de socializar uma informação rara e preciosa (como tudo o que é raro). Está acontecendo no pátio de diversas unidades da UFBA uma feira de livro da Editora Expressão Popular, onde vc pode comprar livros de filosofia, sociologia, arte e tudo o mais que faz da gente, gente. Eu comprei quase uma dúzia de livros por cem contos. Até parece conto mesmo, mas não é. A galera trabalha de forma colaborativa e consegue manter os preços assim, baixinhos.



Mais do que falar da oportunidade de adquirir títulos como estes que ilustram o post, o objetivo do próprio (o post) é gritar bem alto para o mundo: ESTAMOS TRABALHANDO! A juventude (grupo no qual ouso me incluir, apesar dos 35) tá trabalhando, tá lendo, tá vendendo e comprando livros. TAMO CIRCULANDO e não no sentindo de cair fora, muito pelo contrário, no sentido de cair dentro. Fiquei muito feliz porque comprei os livros no começo da aula de hoje e quando voltei com os colegas no intervalo, já tinham se esgotado alguns títulos. Ou seja: os livros tão saindo.Claro que dentro da UFBA parece fácil. Só parece, gente. Livro tá caro pra cacete e ter a oportunidade de comprar este livros de qualidade (inclusive de material) é pra comemorar. Estes livros vão ocupar outros lugares e se cada pessoa emprestar pra pelo menos uma pessoa a gente já faz um servicinho bom. Tem livro até de 3,00. O mais caro, um tijolão de Che tá 30,00. Quem sabe em breve num tem livro meu na banca sobre futebol???


É isso.

Tá dada a dica. Hoje foi na Faculdade de Educação. Mas sei que tá rolando em São Lázaro, PAC e arquitetura, acho que até sexta-feira.

Grande abraço.

Eu nunca achei que fosse dizer isso: BOAS COMPRAS!


Sobre a editora:

Livros bons, de boa qualidade e a preços acessíveis. Esse foi o móvel que reuniu, em torno da nossa editora – a expressão Popular –, um conjunto de homens e mulheres das mais diversas faixas etárias, de diferentes profissões, mas cujas trajetórias tinham (e têm) um traço comum: o compromisso com a construção de um novo mundo, a convicção de que um novo mundo é possível e, por fim, a certeza de que essa possibilidade será tanto maior quanto maior for o acesso dos homens e mulheres, sujeitos e protagonistas dessa construção, aos saberes desenvolvidos nesse rumo.
Mas como oferecer livros bons, de boa qualidade e a preços acessíveis, se o custo de produção de um livro é tão elevado?
Como compatibilizar boa qualidade, preços acessíveis e custos elevados? Racionalizar o processo de produção, enxugar ao máximo os gastos com equipamentos etc., pesquisar preços de fornecedores e de materiais, isso não seria suficiente para atingirmos nosso objetivo. Toda editora séria o faz e nem por isso consegue baratear suas publicações de modo a torná-las acessíveis ao grande público.
Na verdade, só havia um caminho: combinar a prática de preços acessíveis com a do trabalho voluntário militante.

Paralelamente, como não visamos à disputa do mercado editorial existente, cumprimos o papel de ampliar o hábito da leitura entre os brasileiros, objetivo comum a todos aqueles que se preocupam com a formação cultural do nosso povo e que se dedicam aos negócios editoriais.

EDITORA EXPRESSÃO POPULAR LTDA.
Rua Abolição, 197 - Bela Vista 01319-010 – SÃO PAULO / SP

www.expressaopopular.com.br


Tel. (11) 3105-9500 – telefax: (11) 3112-0941






É BOLADA, LEITOR.

domingo, 9 de maio de 2010

de márcio cavalcanti: BAHIA MINHA VIDA: aguardem!!!



BAHIA, MINHA VIDA é um longa idealizado pelas produtoras Caco Motion e Movimento com o intuito de relatar e homenagear a torcida do Bahia, que é especial pela fidelidade, paixão e vibração.

O Longa BAHIA, MINHA VIDA é mais que um filme sobre a trajetória do Clube Tricolor, é uma película que fala de amor, pessoas, sonhos, povo e vida. A condução do documentário será na ótica de 07 (sete) torcedores especiais, que representem bem o que é ter a sua própria vida confundida com a do clube do coração.


www.bahiaminhavida.com.br

quarta-feira, 5 de maio de 2010

FUTEBOL DE um grande ARTISTA


Eu não sou a única artista obcecada por futebol e acho que já falei isso aqui algumas vezes.


Chico Buarque, José Miguel Wisnik, Nelson Rodrigues, Pasolini. Já falei aqui dos três últimos e é realmente um pecado eu ainda não ter dedicado um post ao grande jogador de futebol que nas horas vagas faz umas musiquinhas bem legais: Chico Buarque de Holanda.

Da coleção de dvds sobre sua biografia (eu sempre confundo biografia com bibliografia) tem um dvd que é só sobre futebol. Tem um também que é só sobre teatro, mas tenho que confessar que eu ainda não vi esse. Sacanagem, eu deveria retirar essa observação suicída...


Chico Buarque é dono do time Politeama. Não por acaso existem, ao redor do mundo, vários teatros tradicionais com este nome que em sua raiz grega significa MUITOS ESPETÁCULOS.


POLITEAMA FUTEBOL CLUBE



Um time de botão que segundo o próprio criador, foi promovido a time de gente. Um time invicto que já percorreu gramados de todo o mundo. Até José Miguel Wisnik já fez parte do escrete do Politeama. Para os fãs do cantor, saber sobre seu time faz toda a diferença. Vamos conhecer um pouco através de suas próprias palavras.

Irônico até as raias do inacreditável, Chico tira um barato com o locutor que pergunta se o time tem hino e ao saber que sim, quer saber quem compôs:

“Ora, quem fez? Lamartine Babo? É claro que fui eu.”








“Politeama, Politeama
O povo clama por você
Politeama, Politeama
Cultiva a fama de não perder”


Apesar de grande admirador do futebol, Chico declara, para meu desespero:

“Não sei teorizar sobre o futebol. Gostaria de ter sido jogador, mas não deu, e fui fazer música. O futebol tem que ser vivido, jogado, sentido na pele. As palavras não podem descrever a emoção e os sentimentos de uma partida, jogada ou assistida. São momentos de improviso e genialidade que nenhum artista consegue repetir.”Mas, através da palavra na obra de arte, ele faz suas tentativas:


O FUTEBOL
chico buarque

Para estufar esse filó
Como eu sonhei

Se eu fosse o Rei
Para tirar efeito igual
Ao jogador
Qual
Compositor

(...)

Parábola do homem comum
Roçando o céu
Um
Senhor chapéu
Para delírio das gerais
No coliseu
Mas
Que rei sou eu


(Para Mané para Didi para Mané Mané para Didi para Mané para Didi para
Pagão para Pelé e Canhoteiro)


PS. Para não dizer que não falei da foto, Pelé é a antítese de Chico Buarque, o extremo oposto. Se um queria jogar futebol mas se contentou com a MPB, o Rei do Futebol gostaria muito de ser cantor. E como rei é rei, seja lá do que for, ele vive por aí soltando a voz.
Agora é saber se Chico jogando é melhor que Pelé cantando... mas que eles se jogam, eles se jogam. Literalmente!





É BOLADA, FÃ-TORCEDOR!!!

domingo, 2 de maio de 2010

Sem título, sem moral, sem respeito. Tá duro ser tricolor... mas eu aguento!!!



Rapaz, quando eu penso que o Vitória quase não foi pra final, empatando com o Camaçari no finalzinho do segundo tempo, quando eu penso que o Vitória poderia não ter feito aquele gol domingo em Pituaçu, quando eu penso que o Vitória sempre perdia para os times do interior no primeiro tempo, eu me pergunto: não terá o dedo de Mãe Estela nessas vitórias do Vitória?

Mas, perdoem uma torcedora-sofredora, que ama o time mas não é correspondida.

O blog do cartão verde tá dando os parabéns ao torcedor do Vitória, grande responsável pelo sucesso do time (com o responsável eu até concordo, agora com o grande...)

E o tricolor? Responsável pelo fiasco do Baêa é que o torcedor não é.

Bom, fica o consolo de ter vencido no Barradão, de novo, como sempre.

Fica o consolo dos títulos nacionais, que até a gente já tá chando meio chato de ficar citando.

Fica a certeza de que se o jogo fosse em Pituaçu tinha lotado. O Barradão tava vazio... pra final de estadual? BA X VI, desculpa, mas tava... Deve ter sido a Parada Disney...

Bom, deixa eu me controlar que isso é blog de futebol e não do Bahia. Consegui não fazer uma brincadeirinha com o Pateta, graças a Deus... ops...

Tá, quem escrever no comentário que patetas somos nós, ganha um prêmio tricolor...

Fica o silêncio na cidade. Ops, ouvi uma buzininha.
Pense o Bahia, campeão... Benzadeus, era carnaval...


Deixa eu ir cuidar da vida. Ver se minha camisa tricolor tá lavada, porque amanhã ela vai pra rua. Tricolor é bicho besta, fazer o quê.