terça-feira, 16 de novembro de 2010

VISITA AO MUSEU DO FUTEBOL - PACAEMBU - SÃO PAULO


Em visita a São Paulo, entre os dias 08 e 14 de Novembro, para participar do VI Congresso ABRACE (Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas), apresentei meu artigo sobre a derrota do Brasil para o Uruguai em 1950, intitulado O ABSOLUTO E O GROTESCO DA DERROTA: 60 anos de uma tragédia brasileira, onde identifico elementos de tragédias na fatídica partida. Além disso, fiz, entre muitos outros programas culturais e gastronômicos, uma visita ao Museu do Futebol, localizado no Estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, atual casa do meu querido Timão, o Corinthians.


A experiência é única. O museu difere de tudo o que estamos acostumados a pensar de um museu. O passado está ali, se apresentando a nós, através dos ícones do presente: muita instalação, muita multi-mídia, dinamismo, interatividade.

Além da exposição permanente, vimos a exposição  Copas do Mundo de A a Z.

Percebemos que muitos jovens frequentam o museu. Encontramos algumas delegações nacionais e internacionais. Os monitores acompanhavam estas caravanas. Boa parte do museu não pode ser fotografada, o que eu acho bom, porque estamos mais interessados em fotografar do que em assistir de fato à exposição e fora que sempre atrapalha o flash daqui flash dali. Há muitos vídeos para assistir, há trasmissões históricas de rádio. Eu ouvi a narração do gol de Ghiggia em 1950. Muito texto para ler, imagens impressionantes sobre os momentos históricos do ano de cada copa. Ícones da identidade nacional, curiosidades sobre termos, lendas e números, muitos números.
Bolas, chuteiras, camisas e uma sessão dedicada a Pelé e Garrincha.

Agora, o mais impactante, para mim, foi a parte que fica nas estruturas das arquibancadas do Pacaembu. Ali, num ambiente quase inóspito, são projetadas imagens de torcidas em telões gigantescos com o som bem alto. As projeções vão se revezando e por ora piscam criando uma sensação de vertigem, como temos às vezes na experiência real. Não há legendas, não há explicação. Não há palavras. Somente a força das imagens e ficamos por muitos minutos ali, embevecidos pela atmosfera única das torcidas de futebol.

Mais adiante, podemos fotografar o Estádio Pacaembu. A concorrência é grande, porque o espaço é pequeno e todo mundo quer tirar sua fotinha ali.

Tivemos o prazer, Eu, Reginaldo Carvalho e Jones Mota (amigos que me acompanhavam) de conhecer o árbitro Emídio Marques de Medeiros, uma lenda da arbitragem, que ouviu um pouco sobre minha pesquisa e conversou conosco. Confira no vídeo logo abaixo. O diretor do Museu também foi muito solícito e pediu uma cópia de minha dissertação, além de dizer que estava disponível para ajudar em minha pesquisa no que fosse preciso.

Na volta, perguntamos ao motorista do táxi se ele já tinha estado no museu, ele disse que sim, que todo mundo já foi ao museu. Ver o futebol num lugar tão clássico de cultura e erudição nos provoca bastante. Vimos muitos jovens se divertindo, passando horas admirando as atrações do museu e isso foi muito agradável.

Espero voltar em breve, com meus filhos e marido, que sei que adorarão. É preciso muito mais do que um dia inteiro para apreciar e se apropriar de tudo aquilo que a impressionante história do nosso futebol tem para nos oferecer. É bom sabermos que fazemos parte disso. É bom ver nossa história assim, organizada, valorizada, disponível para os nossos.

Quem tiver oportunidade, não deixe de ir.


É bolada, visitador.

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